segunda-feira, 12 de agosto de 2024

A contextualização da problemática das mudanças climáticas no século XXI.

As mudanças climáticas representam um dos grandes desafios da humanidade neste século. As atividades humanas, especialmente aquelas relacionadas à queima de combustíveis fósseis e à destruição de ecossistemas, têm ocasionado aumento da temperatura global, derretimento de geleiras, elevação do nível dos oceanos, entre outros impactos (IPCC, 2021). Essas alterações climáticas têm afetado diretamente a vida de milhões de pessoas, especialmente nas regiões mais vulneráveis do planeta.

Nesse contexto, as universidades desempenham um papel fundamental no enfrentamento dessa crise ambiental através de suas ações de extensão universitária. Segundo Pereira e Oliveira (2019), a extensão universitária é uma das principais formas de a universidade se conectar com a comunidade e promover a transformação social. Assim, as ações extensionistas relacionadas às mudanças climáticas representam urgências e desafios importantes para o século XXI.

Ações extensionistas universitárias 

As universidades têm atuado de diversas maneiras no enfrentamento das mudanças climáticas por meio de suas ações extensionistas. De acordo com Silva e Araújo (2020), projetos de extensão que envolvem educação ambiental, desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e mobilização comunitária são exemplos de iniciativas importantes nesse contexto.

As mudanças climáticas representam uma das principais ameaças enfrentadas pela humanidade neste século. Nesse sentido, as universidades têm um papel crucial a desempenhar através de suas ações extensionistas. Projetos de extensão voltados para a educação ambiental, o desenvolvimento de soluções sustentáveis e a mobilização comunitária são fundamentais para enfrentar essa crise climática e promover a transformação social necessária.

Programas e projetos na área ambiental

O Brasil, como um dos países mais afetados pelas mudanças climáticas, tem buscado implementar diversos programas e projetos com o objetivo de amenizar os impactos dessas transformações ambientais. De acordo com Oliveira et al. (2020), essas iniciativas envolvem diferentes setores da sociedade, como o governo, a iniciativa privada e a sociedade civil.

Um exemplo relevante é o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), instituído pelo Governo Federal em 2016. Segundo Marques et al. (2018), o PNA tem como objetivo "promover a redução da vulnerabilidade nacional à mudança do clima e realizar uma gestão de riscos e oportunidades relacionadas a esse fenômeno". O plano abrange ações em diversos setores, como recursos hídricos, saúde, agricultura, entre outros.

Outra iniciativa importante é o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que visa incentivar práticas agrícolas sustentáveis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa nesse setor. De acordo com Azevedo et al. (2019), o programa apoia a adoção de tecnologias como o plantio direto, a recuperação de pastagens degradadas e a integração lavoura-pecuária-floresta.

Além disso, destacam-se os projetos de restauração florestal, como o Programa de Regularização Ambiental (PRA) e o Programa Floresta+ Carbono, que visam recuperar áreas degradadas e promover a conservação da vegetação nativa. Nesse sentido, Dallagnol et al. (2021) afirmam que esses programas são fundamentais para a mitigação das mudanças climáticas, uma vez que as florestas desempenham um papel importante no sequestro de carbono.

É importante ressaltar que, apesar desses esforços, ainda existem desafios significativos a serem enfrentados, como a necessidade de maior integração entre os diferentes setores, a ampliação do financiamento e o fortalecimento da participação da sociedade civil. Segundo Cunha et al. (2019), é fundamental que haja um comprometimento de longo prazo por parte do Estado e da sociedade para que esses programas e projetos sejam efetivos na amenização dos impactos das transformações climáticas e ambientais no Brasil.


Saiba mais:

AZEVEDO, A. A. et al. Limits of Brazil's Forest Code as a means to end illegal deforestation. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 116, n. 9, p. 3191-3200, 2019.

CUNHA, D. A. et al. Impactos econômicos e sociais da mudança do clima no Brasil. Estudos Avançados, v. 33, n. 97, p. 249-260, 2019.

DALLAGNOL, F. S. et al. Florestas plantadas e a mitigação das mudanças climáticas: o papel do Brasil. Revista Floresta e Ambiente, v. 28, n. 1, p. 1-12, 2021.

MARQUES, A. C. et al. Política Nacional de Adaptação à Mudança do Clima: desafios e oportunidades. Ambiente & Sociedade, v. 21, p. 1-20, 2018.

OLIVEIRA, G. S. et al. Mudanças climáticas no Brasil: análise dos impactos e de políticas públicas. Revista de Política Agrícola, v. 29, n. 1, p. 18-32, 2020.

IPCC. Climate Change 2021: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge University Press, 2021.

PEREIRA, A. S.; OLIVEIRA, E. R. A extensão universitária como instrumento de transformação social. Revista Brasileira de Extensão Universitária, v. 10, n. 1, p. 23-32, 2019.

SILVA, J. C.; ARAÚJO, L. E. Mudanças climáticas e o papel da universidade: desafios e oportunidades. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 9, n. 2, p. 1-15, 2020.

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